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PD - Revista Sabe Bem

Bookkeepers

Bookkeepers

Um verdadeiro tributo à poesia

O projeto Bookkeepers nasceu em agosto de 2016, fruto da necessidade que um grupo de amigos tinha em criar música. “Uma viciante catarse da realidade”, explicou o grupo à VIVA!, numa conversa que passou pelo ainda curto, mas promissor, trajeto deste grupo de Santa Maria da Feira.

Bookkeepers remete-nos para guarda-livros, no sentido arcaico da palavra (ou protetores de livros), num verdadeiro tributo à poesia.

“Ouvimos a música dos poemas e tentamos mostrar a poesia com os sons que dela retiramos. Tentamos vestir o poema com música, na esperança que a poesia desperte interesse em mais pessoas e que os empurre para dentro dos livros”, começou por explicar o grupo à VIVA!.

Os artistas já apresentam background de outros projetos, o que facilita todo o processo.

“Todos nós, em algum ponto do nosso percurso musical, nos havíamos cruzado anteriormente em algum projeto, o que torna a simbiose na criação muito mais simples. No entanto, as influências musicais e mesmo a formação musical é muito distinta entre nós. Temos elementos com formação clássica, elementos com formação em jazz… Cruza-se em alguns pontos, mas é muito distante noutros. Essas diferenças são altamente positivas no processo criativo porque o torna menos limitado. Mais livre”, esclareceram.

bookkeppers7Neste projeto, em primeiro lugar, está sempre o respeito pelo poema e pelo poeta. “Se um poema foi escolhido é porque temos grande admiração por ele. Partindo disso, tentamos captar a sua essência, o ritmo próprio das palavras e as imagens. Mas cada leitor interpreta o que lê à sua maneira. Essa é a magia da leitura”, explicam-nos.

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O grupo recorre a qualquer autor que os apaixone. “Neste momento temos canções com poemas de Florbela Espanca, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Camões, Camilo Pessanha e também poetas estrangeiros como W.B. Yeats, Shakespeare, Edmund Spencer, E.E. Cummings e Alfred Tennyson. Temos também algumas canções com poemas do ‘poeta desconhecido’, o vocalista da banda. Essas canções foram feitas nos primórdios do projeto, ainda não sabíamos que iríamos ser Bookkeepers. Como gostamos das canções resolvemos mantê-las.”

É difícil, senão impossível, classificar as canções deste projeto. “Não podemos, porque as canções seguem o caminho que a musicalidade do poema sugere. E cada poema é um mundo novo. Ser fiel a um estilo iria prejudicar a liberdade criativa. Mas, em jeito de brincadeira, costumamos chamar-lhe Rock Poético, ou Rock N’ Read. “

bookkeppers5As canções do EP “Mistral” começaram a emergir algures no Mar do Norte. Mistral é o nome de um vento e também o navio onde o vocalista trabalhava. “Nas horas livres, em guitarra acústica, iam surgindo os primeiros contornos das canções, inundadas de mar e de poesia. Depois, já em terra firme, os Bookkeepers abraçaram as canções e enriqueceram-nas com novas emoções, fazendo delas o que são hoje. A gravação do EP tem como propósito a promoção e divulgação do projeto e marca o encerramento do primeiro capítulo”, reiteram.

A adesão do público não poderia ser mais positiva. “O público tem sido maravilhoso connosco, demonstrando um enorme afeto por nós e pelo nosso trabalho. Temos muita gente que nos acompanha para todo o lado e segue atentamente o que fazemos. A cada concerto que damos sentimos que há cada vez mais pessoas que gostam do nosso ‘Rock Poético’ e isso é muito recompensador e motivador. Queremos agora alargar o nosso raio de ação que se tem restringido ao distrito de Aveiro, para todo o país, em particular para o Porto, a cidade poema”.

Quanto ao presente e ao futuro, “estamos de facto neste momento a trabalhar em simultâneo na divulgação e promoção do primeiro capítulo e já a dar início ao segundo, mas em relação ao segundo capítulo, até porque ainda não esta bem definido o tema, citamos um dos maiores poetas contemporâneos, David Bowie: ‘Não sei o que vou fazer a seguir, mas prometo que não vai ser chato’”.

O grupo conta com Meco na voz/guitarra, Sid no baixo, Paulo Valente na bateria, Marcelo Alves no teclado, flauta transversal e trompete, e Paulo Santos na guitarra.

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