O Município de Gaia entregou, esta quinta-feira de manhã, ao hospital local três viaturas ligeiras que se destinam ao transporte de médicos e enfermeiros até aos domicílios das pessoas que se encontram ou em vigilância ou em isolamento devido à doença covid-19.
O Hospital de Gaia dispõe, desde esta semana, do primeiro aparelho de testes Covid-19 de última geração, que permite a realização de mais de mil testes diários. “Um avanço extraordinário para reforçar a despistagem do vírus, tendo sobretudo em conta que, em média, um centro de testes nos hospitais públicos não consegue fazer mais do que 150 a 200 por dia”, salienta a autarquia no comunicado enviado à VIVA!.
Se o resultado do teste for negativo, a pessoa fica em vigilância durante 14 dias em contexto domiciliário; se for positivo, o paciente é isolado e tratado no hospital (se o caso for grave) ou em casa, em regime de isolamento. Para tal, é necessária uma deslocação diária de médicos e enfermeiros do Hospital de Gaia aos diferentes domicílios, para o tratamento diários exigível.
O Município de Gaia decidiu, assim, ceder ao hospital, através de um protocolo, três viaturas ligeiras, pelo período de dois meses, “para transporte dos médicos aos domicílios, apoiando a prestação destes cuidados e reforçando a consequente capacidade de resposta dos quartos da unidade hospitalar”. O seguro e o combustível serão assumidos pela autarquia.
De referir que, de acordo com o boletim da situação epidemiológica no país divulgado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o número de infetados com o novo coronavírus aumentou para 3544. Há 191 pessoas hospitalizadas e 61 pessoas internadas nos cuidados intensivos. 43 já estão recuperadas. 2145 aguardam resultado laboratorial, sendo 14994 as pessoas que estão em vigilância pelas autoridades.
Há 60 vítimas mortais (mais 17 do que na quarta-feira): 28 registaram-se no Norte, onde há 1858 casos de infeção, 18 na Grande Lisboa (1082 infetados), 13 na região Centro (435 infetados) e 1 no Algarve (20 infetados).
Do total de casos confirmados, 631 pessoas têm mais de 70 anos e 43 são crianças com menos de 10 anos.
De referir que 330 foram importados, sendo a maior parte de Espanha (105) e França (72).
