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Condições para o sucesso

Condições para o sucesso
Portugal e Espanha. Dois países fisicamente agregados. Mas, infelizmente, separados em quase tudo o resto. Vem isto a propósito da construção da nova Cidade do Futebol, vulgo Casa das Seleções, no vale do Jamor, projeto da Federação Portuguesa de Futebol a finalizar na Primavera de 2016. Sinceramente tenho dúvidas sobre se a chamada ‘comunidade futebolística’ já se inteirou da verdadeira dimensão e importância que a edificação desta ideia representará para o futebol português.
Por motivos profissionais, conheço e frequento regularmente a ‘Ciudad del Fútbol de las Rozas’, em Madrid, casa da Real Federacão Espanhola de Futebol e da Seleção Espanhola. E atrevo-me a dizer que quem não perceber a importância da ter a nossa ‘Cidade do Futebol’ (ideia similar ao projeto espanhol) pode ir ali ao lado pedir uns conselhos. Iniciada a construção em 1999, e com um passado desportivo mediano tendo em conta uma avaliação tripartida (dimensão do país; qualidade dos jogadores; qualidade dos clubes), não foi preciso esperar 10 anos para a Seleção Espanhola ter o seu primeiro sucesso visível.
O que é certo é que a menos de uma década de formação, crescimento e concentração na Ciudad del Fútbol de Las Rozas, correspondeu um ciclo de total domínio mundial com 3 títulos (Euro 2008, Mundial 2010 e Euro 2012). Poderia ter continuado em 2014, no Brasil, mas fatores vários contribuíram para o insucesso. Entre os quais o poderio (e planeamento, acrescento eu) da armada germânica.
Após maus resultados no Mundial 98 e Euro 2000 a Federação Alemã fez soar os alarmes. Planeou, construiu, investiu. E passados apenas 8 anos apareceram os resultados retumbantes. ‘Esquecendo’ a circunstância de em 2006 ter jogado em casa e daí sempre advir uma motivação extra, desde 2008 os números são esclarecedores; em 4 competições obteve 2 meias-finais e 2 finais; tendo ganho a última. Sendo que nas três em que não ganhou, em duas delas foi eliminada por…Espanha! Déjà vu?
Voltando a Portugal e à Federação Portuguesa é preciso destacar os obreiros desta iniciativa. Iniciativa essa que foi pedida por muitos, prometida por alguns mas só agora concretizada. E se é curial dar os parabéns a toda a estrutura federativa, não deixa de ser da mais elementar justiça destacar uma dupla de sucesso: Fernando Gomes e Tiago Craveiro.
And last but not least, destacar que dos 13 milhões estimados para a conclusão da obra, nem um só euro sairá do erário público; a totalidade dos encargos será suportada parcelarmente pela FIFA (1,5M), UEFA (4,5M) e por capitais próprios federativos. Chapeau!
Resta agora, e depois de criada a infraestrutura, apostar no mais importante: os recursos humanos. Porque e como diria o meu querido Professor Manuel Sérgio “o importante não é perceber o chuto!… Mas sim, o Homem que chuta!”.

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João Fonseca
Gestor Desportivo
[email protected]

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