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É fundamental cuidar da saúde mental

É fundamental cuidar da saúde mental
Em Portugal, uma em cada quatro pessoas sofrerá de depressão num determinado momento da sua vida.
A depressão é uma doença psíquica que afeta todas as idades. Caracteriza-se por perturbações do humor que prejudicam e muito a vida de todos os dias. A depressão não deve ser confundida com cansaço ou uma tristeza passageira, porque estas não são doenças.

Porque surge a depressão?

Vários fatores intervêm no aparecimento da depressão, sendo as suas causas ainda mal conhecidas.
Fatores psicológicos
Dificuldades durante a infância (relação com os pais, traumas), episódios recentes (morte, desemprego), crenças negativas.

Vulnerabilidade individual
Algumas pessoas expostas a acontecimentos difíceis não têm depressão e outras têm, mesmo sem motivo aparente.

Fatores relacionados com a saúde física
Doenças graves, deficiência, dependência de álcool, tabaco e outras substâncias, para acalmar as angústias.

Fatores ambientais
Acontecimento perturbador ou de stress excessivo (ex. conflito familiar ou profissional)

Fatores biológicos
Nas perturbações depressivas, o funcionamento do cérebro fica perturbado. Existem anomalias na produção e controle de determinados neurotransmissores.

depressao2Os sintomas e o diagnóstico da depressão
É difícil avaliar pessoalmente o seu estado psicológico: é indispensável a avaliação de um médico.
A depressão manifesta-se, muitas vezes, por episódios depressivos.
Existem 9 sintomas característicos da depressão. Para que o diagnóstico de depressão possa ser confirmado, o doente depressivo deve apresentar pelo menos 5 destes sintomas quase todos os dias, durante 2 semanas, e pelo menos um dos dois primeiros da lista:
• Tristeza quase permanente, por vezes com lágrimas (humor depressivo).
• Perda de interesse e de prazer em relação a atividades do dia a dia, mesmo aquelas que costumam ser agradáveis (anedonia).
• Sentimentos de desvalorização e de culpa excessivos ou inapropriados.
• Ideias de morte ou de suicídio, sentimento de que a vida não vale a pena ser vivida.
• Abrandamento psicomotor (abrandamento de atividade, ou pelo contrário, uma maior agitação).
• Cansaço (astenia), sobretudo de manhã.
• Mudanças no apetite que podem provocar perda ou aumento de peso.
• Problemas de sono com insónias matinais.
• Dificuldade de atenção, de concentração e de memorização.
Para os doentes que apresentam entre 5 e 7 sintomas, a depressão é considerada ligeira ou moderada. Para além de 8 sintomas, é considerada severa.
Um primeiro episódio depressivo pode ter uma remissão espontânea num período de 6 a 12 meses. Mas os episódios isolados são bastante raros: uma primeira depressão anuncia, muitas vezes, uma recaída. Normalmente, as recaídas numerosas significam depressão severa. Quando a depressão persiste por mais de 2 anos, trata-se de uma depressão crónica.

Depressão pós-parto ou baby blues?
O nascimento de uma criança provoca muitas vezes, na mãe, emoções excessivas, com vontade de chorar de forma incontrolada nos dias após o parto: é o baby blues. As alterações hormonais e os fatores emocionais são a causa. A remissão é mais ou menos rápida.
Em algumas mulheres este humor persiste e pode tornar-se numa depressão. Vários fatores aumentam o risco de depressão pós-parto, como sentir-se só, ter dificuldades financeiras ou ter antecedentes de depressão.
Este estado pode pesar na relação precoce entre a mãe e o filho, ou mesmo pôr em risco a saúde do bebé (no caso de dificuldade em interessar-se pela criança e em cuidar dela). Neste caso, impõe-se um controlo rápido da situação.

depressao_criancasA depressão nas crianças e nos adolescentes
A depressão não afeta só os adultos. Também afeta as crianças e os adolescentes.
Nas crianças e adolescentes, o diagnóstico é mais difícil de perceber que nos adultos. As manifestações da depressão variam em função do nível de desenvolvimento da criança. Contudo, certos sinais de depressão podem ser específicos nessas idades: nas crianças, a depressão manifesta-se com comportamentos de isolamento, de irritabilidade, de dores no corpo.
Nos adolescentes, a depressão também se manifesta com irritabilidade, agitação, agressividade, violência verbal ou de indiferença aparente, desinvestimento escolar ou através de comportamentos nocivas para a saúde: abuso de álcool, droga, medicamentos (ansiolíticos, hipnóticos). As ideias suicidas fazem parte dos sintomas da depressão dos adolescentes.

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As complicações da depressão
Riscos de recaídas
As recaídas podem surgir em cadeia e os períodos de melhoria podem ser cada vez mais curtos. Neste caso a depressão é severa. Contudo, quando o adolescente beneficia de um tratamento e de um acompanhamento adequados, o risco de reaparecimento dos sintomas e o sofrimento diminuem. É por isso primordial o despiste precoce e eficaz, de distúrbios depressivos.

O risco de suicídio
As ideias de suicídio são frequentes na depressão. É importante falar com o médico de família ou familiares. A maioria das pessoas que têm ideias suicidas não fazem tentativas de suicídio. Mas o risco não deve ser subestimado. O risco de tentativa de suicídio é maior no caso de episódio depressivo.
Muitas vezes, é quando a depressão não é tratada que ela conduz ao suicídio. Nas pessoas tratadas e acompanhadas, o risco de suicídio é menor. É, por isso, primordial o despiste dos distúrbios depressivos, o seu tratamento e o acompanhamento das pessoas depressivas.

Como tratar a depressão?

Existem vários tratamentos eficazes para combater as formas moderadas ou severas da depressão. Os tratamentos antidepressivos e/ou a psicoterapia ajudam, na maior parte das vezes, a curar a depressão. O envolvimento do doente e a colaboração entre médicos e/ou profissionais da saúde são indispensáveis para o sucesso do tratamento.

O tratamento da depressão
A psicoterapia é preconizada para todo tipo de depressão. Com o tratamento, os sintomas depressivos diminuem, bem como a frequência das recaídas, podendo mesmo levar à remissão completa. A psicoterapia pode ser o único acompanhamento do doente ou estar associada a um medicamento antidepressivo.

Os antidepressivos
Os antidepressivos são medicamentos prescritos por um médico de modo a reduzir os sintomas da depressão e as suas consequências. Existem vários tipos de antidepressivos que agem, através de diversos mecanismos, na produção de certos neurotransmissores.
Os antidepressivos não agem imediatamente e é necessário 2 a 4 semanas para que haja uma melhoria dos sintomas. Uma paragem precoce do tratamento pode ser a origem de recaídas da depressão. A paragem, quando justificada, deve, imperativamente, ser discutida com o médico e deve ser feita progressivamente, durante várias semanas.
É possível, com uma boa higiene de vida, reforçar a eficácia do tratamento, tornar a cura mais rápida e evitar o aparecimento dos sintomas.

exercicio_fisico2A prática de uma atividade física
A prática de uma atividade física provoca modificações bioquímicas no organismo: ao fim de 30 minutos de uma atividade física moderada ou intensa, o corpo segrega uma substância chamada endorfina que tem um efeito ansiolítico que diminui os sintomas da depressão.
É aconselhado praticar uma atividade física regular de intensidade moderada: 30 minutos 5 vezes por semana de ioga, andar a pé, bicicleta, natação, ginástica em ginásio…
A atividade física permite também regular o sono e diminuir os problemas de sono relacionados com a depressão.

Uma alimentação saudável e equilibrada
É importante adotar um ritmo regular para as refeições e uma dieta alimentar equilibrada, na qual se privilegia a fruta e os legumes frescos, o peixe e os óleos vegetais, de modo a limitar os problemas de apetite relacionados com a depressão.

Evitar o consumo de álcool ou outras substâncias aditivas
Os efeitos destes produtos, no funcionamento do cérebro, podem agravar os sintomas da depressão e interferirem com os medicamentos, ao diminuírem os seus efeitos terapêuticos.

(MGEN Saúde){jcomments on}

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