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Junta da Galiza

“Espírito”

“Espírito”

Um projeto a solo que é mais um coletivo

É um projeto que foi nascendo ao longo dos anos, naturalmente. As palavras são de Tóli César Machado, também conhecido pelo trajeto de sucesso com o Grupo Novo Rock (GNR).  “Espírito” é o nome do seu projeto a solo, que, vendo bem, é mais um colecivo. Confuso? Nós explicamos.

“Espírito” é a nova visão musical de Tóli César Machado, compositor do GNR (Grupo Novo Rock) há cerca de 35 anos, que agora se estreia a solo, como compositor de todas as canções de “Contrário da Escuridão”.

É um projeto que vem de dentro, uma fase menos efusiva de Tóli César Machado, mas igualmente sedutora. O próprio nos confidenciou que este toque mais intenso e introspetivo é possível de encontrar nos álbuns dos GNR, sobretudo no início do grupo portuense. Portanto, surgiu, “naturalmente”.  

“É uma faceta que já tenho há muito tempo, e já testei um pouco nos GNR. Há alguns instrumentais que aparecem lá. O ‘Coimbra B’ (álbum ‘Psicopátria’, 1986), já dos anos 80, é apenas um exemplo”, esclareceu.

Quanto a “Espírito”, “já nasceu há muito tempo. Já perdi a conta dos anos. Primeiro, o projeto começou a ser pensado, depois comecei a trabalhar. Depois parei, pois os discos dos GNR vão surgindo”, revelou-nos Tóli César Machado.

toli_espiritoO projeto conta com vários outros grandes nomes da música portuguesa. Vamos por partes: para a lírica das canções, o compositor convidou José Luís Peixoto, Tiago Torres da Silva, Mário João Alves, Adolfo Luxúria Canibal e Jónatas Pires. Para dar voz a oito dos dez temas, Toli César Machado convidou Ricardo Ribeiro, Adolfo Luxúria Canibal, Selma Uamusse, Dom La Nena e Marcela Freitas.

Não menos importante também a colaboração de Rui Maia (X-Wife e Mirror People), convidado para a produção do álbum, no qual mergulhou a fundo e que, com a sua estética musical marcada, acabou por ter uma contribuição decisiva no resultado final.

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“Espírito” é música portuguesa com inspiração na interculturalidade, um projeto global que pretende expressar o espírito lusófono em constante mutação.

Tóli César Machado acrescenta que “isto é um trabalho meu a solo, mas acaba por ser um coletivo. A minha ideia foi que este projeto fosse sempre aberto. Quero ter liberdade para no próximo [album] mudar tudo completamente. O nome mantém-se, eu mantenho, algumas pessoas também se vão manter. Não é que esta ideia seja original. Há muitos projetos lá fora assim. Para não cair na rotina”.

“Espírito” era para ser apenas um trabalho instrumental. “Depois achei que seria interessante  um convidado ou dois. Este  número foi crescendo e os instrumentais tornaram-se em canções. Seria um desperdício não aproveitar este material”, disse-nos.

Foi difícil a escolha dos convidados?, perguntamos. “Não. O Ricardo Ribeiro, por exemplo, foi uma pessoa que eu sempre imaginei. Ele é conhecido como um fadista. Mas é mais do que isso. Vi uma participação dele num disco de Rão Kyao. A sua voz chamou-me à atenção. E achei que este casava com o que estava a fazer. São coisas muito intuitivas”, esclareceu Tóli César Machado.

toliO projeto vai continuar?, a certa altura questionamos. “Sim, até porque tenho muito material. Quando me pedem para fazer uma canção, faço três ou quatro. Nem que seja por segurança, para poder escolher”, disse.

Para o futuro, “a ideia é levar este projeto ao vivo”.

Porquê “Espírito”?

“Se vir notícias ou outra coisa, perguntam-lhe: qual o ‘espírito’ disto, qual o ‘espírito’ daquilo? O espírito do projeto, da música… E depois pensei no nome em específico. Porque não? Tem a ver com sensações, emoções, paisagens sonoras… Acho que este disco é muito cinematográfico”, sintetiza Tóli César Machado.

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