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Gaia testa primeiro autocarro eléctrico em Abril

Gaia testa primeiro autocarro eléctrico em Abril

Em declarações à Viva, Jorge Pinto, engenheiro que acompanhou todo o processo de construção do autocarro, explicou que o nome do veículo vai ser decidido “consoante o mercado”. “Nós temos duas marcas: a Caetano e a Cobus, ambas do grupo Salvador Caetano e, por isso, vamos comercializá-lo ou como “Caetano 2500 EL” – EL de ‘eléctrico’ –  ou como “Cobus 2500 EL”, mas vai depender do mercado final”, revelou.

aut_2De acordo com o responsável, o projecto que deu origem ao primeiro autocarro português totalmente eléctrico começou a ser pensado em 2009, para dar resposta à crise do sector. “O projecto surgiu como uma reacção aos efeitos da crise no sector, em finais de 2008 e inícios de 2009, e surgiu como uma necessidade que nós tínhamos de ter produtos de maior valor acrescentado, onde tivéssemos uma componente de empresa maior”, declarou.

Além de apresentar uma forma de tracção eléctrica, o “Caetano 2500 EL”, que representou um investimento de quatro milhões de euros, foi criado através de uma forte aposta no conceito de conforto. “Quisemos associar à nova forma de tracção exclusivamente eléctrica um design agradável e transmitir, em termos de interiores, uma ideia de conforto”, descreveu Jorge Pinto à Viva. O engenheiro lembrou ainda que os motores eléctricos não fazem barulho, o que contribui ainda mais para um “conceito de conforto mais avançado”, quando comparado com os autocarros tradicionais.

Estas características do veículo vão começar a ser testadas na primeira semana de Abril, em Gaia, ao abrigo de um acordo que a Salvador Caetano realizou com a autarquia e também com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). A empresa vai poder, nessa altura, monitorizar “o comportamento do carro, as autonomias” e reunir “um conjunto de dados de exploração” que permitam a optimização do transporte.

Veículo desperta curiosidade internacionalmente  

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Neste momento, a Salvador Caetano ainda não tem encomendas do novo autocarro, mas já recebeu vários pedidos de demonstração. “Ainda não há encomendas. Nós estamos a fazer um segundo protótipo que está em linha neste momento e que estará pronto dentro de pouco tempo. Temos tido é várias solicitações para mostrar o veículo”, revelou Jorge Pinto, em declarações à Viva.

Para o engenheiro, a ausência de encomendas acaba por ser natural, uma vez que a promoção do carro ainda não começou a ser feita. “O veículo está numa fase inicial de desenvolvimento, estamos a ultimar catálogos, mas ainda não foi activamente e proactivamente promovido junto dos nossos clientes”, informou. Contudo, está agendada para Março e Abril uma apresentação do “Caetano 2500 EL” aos principais clientes da empresa. O segundo autocarro, quando estiver concluído, vai seguir para a Alemanha, também para uma fase de avaliação.

aut_1Primeiras encomendas “não deverão ser no Porto”

De acordo com Jorge Pinto, a circulação do autocarro eléctrico português não deverá começar logo a ser feita no Porto. “Eu gostaria imenso (…) mas, pelas perspectivas que temos, as primeiras potenciais encomendas não deverão ser na cidade do Porto, uma vez que temos alguns contactos mais adiantados”, revelou o engenheiro, acrescentando que, para surpresa da Salvador Caetano, os aeroportos são as estruturas que mais interesse têm mostrado pelo novo veículo. “O [aeroporto] de Frankfurt é uma bandeira. Temos também contactos na Suíça. Aliás, temos o irmão do eléctrico, o diesel, que desenvolvemos em paralelo, em testes no aeroporto de Zurique”, contou. O responsável esclareceu, assim, que, pelo menos numa primeira fase, não se prevê a circulação do “Caetano 2500 EL” pelo Porto nem por Lisboa. “Temos alguns contactos em estado mais adiantado do que propriamente com os transportes colectivos quer do Porto quer de Lisboa”, salientou.

Um projecto com futuro?

De acordo com o engenheiro Jorge Pinto, a mobilidade eléctrica é “a solução ideal para o transporte urbano”. “Sabemos quais são as limitações que temos em relação à disponibilidade e ao preço dos combustíveis fósseis e a pressão sobre a qualidade de vida das populações urbanas”, afirmou, explicando que a ausência de ruído e a não poluição do ambiente fazem do “Caetano 2500 EL” uma “solução por excelência”.

Mariana Albuquerque

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