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Música ao vivo na noite portuense, por José Pimenta de França

Música ao vivo na noite portuense, por José Pimenta de França
A noite do Porto é intensa, com milhares de pessoas nas ruas, percorrendo dezenas de bares sofisticados. Todos têm música ambiente (gravada ou com DJ, na esmagadora maioria). Mas os que oferecem música ao vivo com programação regular contam-se pelos dedos de uma mão. Se a música ao vivo desse muito dinheiro, haveria no Porto dezenas de casas a disputar o mercado, mas o negócio está difícil, por isso, são poucas as alternativas que a cidade oferece aos seus residentes e visitantes.
Na área do jazz e dos blues, as poucas casas que estão nessas condições são o Tribeca, o Hot Five e o Breyner 85, a que se junta o BH, na Foz. Na generalidade, os responsáveis por essas casas queixam-se da dificuldade de quem procura oferecer música ao vivo, arcando com a responsabilidade dos “cachets” dos músicos – que até nem são por aí além, mas são sempre maiores que os dos DJ que pontificam em tantos bares concorrentes.
“Não é por causa da crise que há pouco público para a música ao vivo, porque as discotecas e os bares com DJ estão cheios. As pessoas é que, infelizmente, não estão educadas para ouvir música ao vivo”, diz Alberto Índio, músico e responsável pelo “Hot Five – Jazz & Blues Bar”, o mais antigo bar com música ao vivo no Porto, a trabalhar há oito anos. Rui de Pina, do Breyner 85, casa que traz a sua direcção no nome e apresenta música ao vivo de quinta a domingo, considera que a maior parte das pessoas saem à noite para encontrar pessoas do sexo oposto e beber um copo, não sendo a música a primeira prioridade, pelo que optam por bares em que não têm que pagar consumo mínimo.
No BH, na Foz, as quintas-feiras estão exclusivamente dedicadas ao jazz ao vivo, estando os restantes dias destinados a música que pode ir do rock alternativo até à música acústica, ao blues e ao funk.
Quanto ao Tribeca, na Rua 31 de Janeiro, que inicialmente concentrou a sua oferta no jazz, viu a necessidade de alargar o público-alvo. A casa aposta agora no fado às segundas e terças-feiras, enquanto de quarta a sábado apresenta bandas de jazz, blues, funk e música acústica. Há ainda outros locais com música ao vivo que programam jazz, blues e rock alternativo, como o Edifício AXA, onde a Associação Porta-Jazz (associação de músicos de jazz do Porto) programa ciclos de concertos com músicos nacionais e estrangeiros. Há ainda bares como o 3C, a Casa do Livro e o Café Lusitano (na zona dos Clérigos), o Café Concerto, o Maus Hábitos e o Passos Manuel (na baixa), mas nestes casos os concertos são esporádicos, não são objecto de uma programação regular. Se formos a estes locais, poderemos encontrar música ao vivo ou não, por isso, nestes casos, se quisermos mesmo ver música ao vivo, convém telefonar antes a perguntar…
Não se pode dizer que haja fartura de música ao vivo na noite portuense, mas neste aspecto o Porto está longe de ser um deserto e com algum cuidado haverá sempre alternativas de qualidade à escolha…

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José Pimenta de França
Jornalista

*Este texto não foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico{jcomments on}

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