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Projeto do Hospital São João apoia doentes respiratórios crónicos

Projeto do Hospital São João apoia doentes respiratórios crónicos

O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) e os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Porto Oriental e Maia Valongo desenvolveram um projeto com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos doentes respiratórios crónicos dependentes de ventilação mecânica prolongada. Enquadrado no Programa de Incentivo à Integração de Cuidados e à Valorização dos Percursos dos utentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o projeto designa-se como Centro de Apoio Integrado ao doente com sob Ventilação Mecânica prolongada (CAI_Vent) e iniciou a fase piloto em 2018.

Os responsáveis pelo programa, Teresa Honrado, médica, e Miguel Gonçalves, fisioterapeuta, consideram que, geralmente, não se tem noção do impacto da doença respiratória crónica grave, que exige assistência ventilatória mecânica prolongada. “Estas pessoas, sem este apoio, morrem. E sem ajuda acabam por se isolar, desenvolvendo quadros depressivos e ansiosos que em nada contribuem para a sua qualidade de vida, além de a patologia base progredir mais rapidamente”, salientam. 

O projeto propõe, assim, “uma melhoria dos cuidados destes doentes, baseado na integração dos cuidados hospitalares e cuidados de saúde primários, numa melhor articulação com as empresas de cuidados respiratórios domiciliários na articulação com instituições da comunidade, com o objetivo partilhado de promover os melhores cuidados de saúde no domicílio desta população de doentes”, explica o comunicado enviado à VIVA!, que destaca ainda os “resultados eficazes na melhoria da autonomia, qualidade de vida e diminuição do recurso aos serviços hospitalares” que apresenta.

O programa, “centrado no doente, com uma visão integradora e inovadora”, assegura a continuidade de cuidados, baseando-se na partilha de informação clinica entre as várias equipas de saúde envolvidas, efetuando visitas domiciliárias partilhadas regulares, disponibilizando uma linha telefónica de apoio gratuita 24 h/dia aos doentes e cuidadores e monitorizando o estado clinico dos doentes através de uma central de telemonitorização.

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Um dos objetivos do Cai_Vent é “promover a alternativa assistencial resolutiva e qualificada no domicílio; evitar hospitalizações desnecessárias; reduzir o risco de infeções hospitalares; reduzir as taxas de re-internamentos; formação/apoio ao doentes /famílias e profissionais de saúde dos diferentes parceiros e promover progressivamente a integração na comunidade e a autonomia do doente e da família”.

O programa e os resultados da fase piloto da sua implementação foram apresentados na manhã desta quinta-feira à comunidade hospitalar e de saúde comunitária, na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e contou com representantes das várias instituições envolvidas e parceiros do programa. De acordo com os responsáveis, neste primeiro ano de implementação do programa (fase piloto) já se obteve uma redução “bastante significativa” do número de episódios de urgência e de dias de internamento hospitalar dos doentes incluídos no programa.

O CAI_Vent conta com o envolvimento de instituições como o ACES Porto Oriental, ACES Maia Valongo, empresas privadas de cuidados respiratórios domiciliários (Nippon, Linde e Vitalaire), Associações Representativas de Doentes com Insuficiência Respiratória Crónica (RESPIRA), Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA) e Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN).

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