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Projeto “Mil Escolas” da AdDP

Projeto

Apesar do tempo cinzento, foi em clima de festa que 1015 alunos e 93 professores e auxiliares educativos festejaram, no passado dia 6 de junho, o Dia Mundial do Ambiente e o final do ciclo bianual do Programa Integrado de Educação Ambiental – A Água e os Nossos Rios – Projeto “Mil Escolas”, da AdDP. No terreno desde 2004/05, as ações da empresa envolveram as 15 escolas vencedoras do programa, dez do primeiro ciclo e cinco do segundo, mobilizando a comunidade escolar em torno da implementação dos projetos de cada estabelecimento de ensino.

mil_esc2No dia do evento final, o auditório da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, no Porto, foi conquistado pelos mais novos que, de cara pintada e cábulas no bolso, subiram ao palco para provar que os ensinamentos de defesa ambiental adquiridos nos últimos dois anos não foram em vão. Entre pequenas performances de teatro, composições musicais elaboradas pelos próprios alunos, quadras poéticas e coreografias, os alunos de Ovar, Matosinhos, Paredes, Lousada, Porto, Castelo de Paiva, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira tiveram ainda oportunidade de participar em jogos lúdicos e assistir à peça de teatro “Gali em busca da Natureza perdida”.

O sorriso rasgado na cara dos organizadores do projeto “Mil Escolas” e dos seus participantes denunciava o sucesso das inúmeras ações de campo e palestras realizadas ao longo do último ciclo bianual. Tal como afirmou João Luís Roseira, da AdDP, foi possível desfrutar, “num momento de partilha, de todo o trabalho efetuado pelas várias escolas participantes nestes dois últimos anos letivos”, durante os quais se pretendeu “fomentar a participação ativa da comunidade escolar na gestão e valorização da água e das zonas ribeirinhas da respetiva localidade”.

Assim, de galochas nos pés, os alunos das 15 escolas vencedoras participaram em várias atividades no seio da natureza – as chamadas saídas de campo, sob o olhar atento de Mariana Cruz e João Luís Roseira.

mil_esc4Metodologia adequada a todas as crianças

Em declarações à Viva, a engenheira ambiental da Biorumo explicou que a metodologia usada nas saídas de campo “procura um encontro com a natureza e os ecossistemas ribeirinhos com exploração dos sentidos, uma estratégia sensorial de aprendizagem que capacita e efetiva o conhecimento cognitivo”. Para isso, são utilizadas ferramentas científicas e pedagógicas que permitem o “reconhecimento da biodiversidade dos locais de estudo, troços de rios ou ribeiras adotados pelas escolas envolvidas no projeto”.

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Mariana Cruz acrescenta ainda que a metodologia utilizada no projeto “Mil Escolas” possibilita que as suas ferramentas “sejam aplicáveis a grupos de crianças com necessidades educativas especiais, promovendo a igualdade e valorização das suas capacidades e limitações num todo integral correspondente ao grupo de trabalho”.

“Algumas das ferramentas usadas centram-se na observação e reconhecimento de elementos da natureza através do olfato, do tato (decalque de troncos e folhas das árvores e arbustos) e da audição”, contou a engenheira do ambiente, explicando que “a exploração dos sentidos é exercitada de modo a que o nível de aprendizagem acompanhe a disponibilidade e recetividade das crianças”.

A surpresa de combater o medo

No terreno com as crianças, Mariana Cruz afirma ter vivido muitos episódios caricatos. “As escolas têm rostos e identidades próprias e por isso mesmo todos os momentos são diferentes”, notou.
mil_esc3Ainda assim, a engenheira recorda os primeiros momentos de contacto com os alunos e professores e também com a metodologia. “O medo de fechar os olhos junto ao rio ou ribeira para apurar o ouvido e registar os sons que habitam o ecossistema local” e “o primeiro contacto com a rã ou a salamandra” foram algumas das passagens destacadas pela engenheira da Biorumo. “O personificar das espécies de fauna e flora e o início do diálogo com a natureza trouxe-nos registos lindíssimos que ultrapassam os limites para a fantasia dos mais pequenos”, garantiu.

Crianças com maior predisposição para responsabilidade ambiental

As atividades e palestras promovidas no âmbito do “Mil Escolas” são organizadas de forma a contribuírem para a consolidação de uma “consciência ambiental” que, de acordo com Mariana Cruz, “é um patamar que se alcança após um conjunto de reflexões internas e que precede uma sensibilização”.
Assim, defende a engenheira do ambiente, o primeiro grande passo “é a disponibilização para a receção da informação que se pretende transmitir através da sensibilização”. Depois, poderá, então, existir uma consciencialização ambiental “que se regista pelas atitudes e comportamentos adotados e assumidos”. “Nesta perspetiva, penso que existe uma predisposição maior por parte das crianças para as etapas que constroem uma responsabilidade ambiental que assente numa continuidade”, concluiu.

Mariana Albuquerque

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