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Rui Moreira acusa TAP de “tentar impor um confinamento ao Porto e ao Norte”

Rui Moreira acusa TAP de “tentar impor um confinamento ao Porto e ao Norte”

Depois da TAP ter anunciado o seu plano de voos para os próximos dois meses, que prevê 27 ligações semanais até ao final de junho e 247 no mês seguinte, a maioria a partir de Lisboa, vários autarcas da região Norte manifestaram-se contra esta decisão, criticando a companhia aérea de bandeira portuguesa de forte redução da atividade no aeroporto Francisco Sá Carneiro e pedindo a intervenção do Governo.

Em conferência de imprensa realizada na Maia, que juntou vários autarcas da região Norte, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira lamentou a “triste realidade”, acusando a operadora de estar a “tentar impor um confinamento ao Porto e ao Norte”.

Segundo o autarca, sendo a TAP “metade pública e metade privada”, e estando o Governo a preparar uma injeção de mil milhões de euros na companhia, então deve “exigir que esta retome a mesma percentagem de voos entre Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores”. “Tudo seria mais ou menos aceitável se a TAP fosse um operador privado. Mas sucede que a TAP não é carne nem peixe. É uma empresa privada quando tem de tomar decisões, e é uma empresa pública quando quer que os portugueses paguem os seus vícios, criados na operação ruinosa no Brasil que levou a TAP à situação atual”, continuou o presidente da Câmara do Porto, reclamando uma “definição urgente sobre o posicionamento da TAP”.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), também presente na conferência, que juntou ainda os autarcas das Câmaras Municipais da Maia, Vila Real e Viana do Castelo, afirmou ser “inadmissível” a atitude da TAP. “É uma humilhação para a Região Norte e país”, defendeu, dando exemplos da “queda brutal das operações da TAP a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro”.

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Rui Moreira considera que “na altura em que o país mais precisa, a TAP abandona o país”. “Porque estar só em Lisboa representa abandonar o país. Abandona Faro, Funchal, os Açores e o Norte”, defendeu, acrescentando que se o Governo entender apoiar a companhia aérea, “deve exigir” que esta retome a mesma percentagem de voos entre Lisboa, Porto, Faro, Madeira e Açores.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos, referiu que o Aeroporto do Porto é uma “porta de entrada no Norte da Península Ibérica com impacto muitíssimo importante na atividade turística e económica na Área Metropolitana do Porto, Galiza, Interior Norte e Douro”, pelo que a TAP não deve “ignorar uma parte tão significativa do país”.

Na sessão, o autarca do Porto recordou também o importante contributo para “o crescimento da produtividade nacional” durante a pandemia.

Foto: ANA – Aeroportos de Portugal

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