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Serralves acolhe arte de Yoko Ono em abril

Serralves acolhe arte de Yoko Ono em abril

Portugal vai receber, pela primeira vez, uma exposição da artista nipo-americana Yoko Ono, viúva de John Lennon. “O Jardim-Escola da Liberdade” estará patente no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, a partir de abril.

Um dos destaques da programação para 2020 do Museu de Serralves é a exposição “O Jardim-Escola da Liberdade”, da artista Yoko Ono, pioneira da arte conceptual e da performance.

A mostra que, a partir de abril, vai transformar Serralves num “jardim de aprendizagem e de liberdade”, vai reunir obras em papel, performances, objetos e filmes.

Esta será a primeira apresentação de Yoko Ono em Portugal, salienta à Lusa a instituição portuense.

“A obra de Yoko Ono, desde os primeiros anos em Nova Iorque e no Japão, abraçou, se não mesmo iniciou, o movimento artístico mais radical da segunda metade do século XX, Fluxus, desafiando todas as convenções e disciplinas com um anarquismo estético que transformou as artes visuais, a música, o cinema, o teatro e o ativismo”, refere Serralves, citada pelo Sapo.

A obra da viúva de John Lennon aborda “as questões mais alienantes de seu tempo, desde a guerra, a violência, os abusos políticos, as alterações climáticas ou as crises de refugiados”, em articulação com a ideia de liberdade.

Mas antes da mostra de Yoko Ono, o Museu de Serralves apresenta a obra de Arthur Jafa, recente vencedor do Leão de Ouro para a melhor participação na Exposição Internacional da Bienal de Veneza de 2019.

A exposição “Uma série de interpretações absolutamente improváveis, ainda assim extraordinárias” (com Ming Smith, Frida Orupabo e Missylanyus) tem no centro da sua obra a ausência de liberdade.

“Em filme, fotografia e escultura, a obra de Jafa revela o papel determinante da raça, do género e da classe social na cultura popular dominante e nos meios de comunicação dentro e fora dos Estados Unidos”, lê-se na página de Serralves.

A exposição estará patente ao público de 20 de fevereiro a 21 de junho.

Já em julho, Serralves inaugurará a exposição “O Sol não se mexe, Capítulo 35” do norte-americano R. H. Quaytman, que tem na sua origem a questão da representação da história, da história cultural e da iconografia.

De outubro a julho de 2021, o Museu de Serralves será palco “das histórias e os tormentos da franco-americana Louise Bourgeois, a escultora da contemporaneidade nova-iorquina, que morreu em 2010, com quase cem anos”. A exposição “Desenvencilhar um Tormento” apresenta quase 30 obras nunca vistas em Portugal, que reúnem angústia, raiva e dor e que atravessam o surrealismo, minimalismo e a política de identidade, reunidas pelo Glenstone Museum (Estados Unidos da América), da obra da escultura que só na década de 1980, aos 70 anos, teve a primeira retrospetiva no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Manhattan, avança o Sapo.

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Casa de Serralves recebe nova exposição “Miró e a Poesia”

A Casa de Serralves vai receber no outono uma nova exposição, intitulada “Miró e a Poesia”, que parte da coleção de obras do artista catalão lá depositada.

“A mostra estará dedicada a sua relação com a linguagem, mais especificamente com a Poesia e com o mundo literário. A exposição sublinhará as relações de Joan Miró com a produção literária de nomes como Alfred Jarry e André Breton, entre muitos outros, e com expressões linguísticas que influenciaram decisivamente a modernidade na arte moderna ocidental, nomeadamente a caligrafia japonesa”, adianta a instituição portuense.

Fotografias de Manoel de Oliveira em destaque na Casa do Cinema

A exposição de fotografias de Manoel de Oliveira, tiradas entre as décadas de 1930 e 1940, é um dos destaques da programação para este ano da Casa do Cinema do cineasta português, na Fundação de Serralves.

Será também editado um catálogo e projetado o ciclo de cinema “Manoel de Oliveira Fotógrafo”, cujo objetivo é permitir, decorridos mais de setenta anos, “trazer novamente a luz estas imagens esquecidas”.

A Casa do Cinema Manoel de Oliveira vai contar com outras mostras, conferências, ciclos de cinema e atividades ligadas aos programas educativos desta instituição cultural.

De fevereiro a junho estará patente, pela primeira vez em Portugal, o trabalho do artista norte-americano Arthur Jafa, numa exposição concebida em parceria com o Museu de Serralves.

Destaque também para o ciclo de cinema “Black Visual Intonation”, que “descreve a vibração específica das manifestações culturais da negritude nos Estados Unidos da América, através de um programa com a obra fílmica do artista, posta em diálogo com outros filmes”.

A terceira exposição temporária da Casa do Cinema de Manoel de Oliveira será dedicada ao realizador e escritor Alexander Kluge.

Naquela que será a primeira exposição em Portugal sobre o cineasta alemão, serão apresentadas obras inéditas, “especialmente concebidas para Serralves”, num modelo de “grande retrospetiva” da sua obra, e será publicado um volume com ensaios inéditos sobre o “trabalho multifacetado” de Kluge que, “além de realizador, é hoje um dos mais originais pensadores da história recente, e autor de uma ampla produção teórica”, descreve Serralves.

A programação regular da Casa do Cinema vai incluir ciclos e programas como o Fast&Furious ou o regresso do Fim de Semana da Animação, bem como a segunda edição da rubrica “Estetoscópio”.

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