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“Variações”: Já saiu o trailer do filme que conta a história do cantor português

“Variações”: Já saiu o trailer do filme que conta a história do cantor português

Foi lançado, no início desta semana, o primeiro trailer de “Variações”, um filme biográfico de um dos músicos mais importantes do panorama musical português. A produção cinematográfica tem estreia marcada para 22 de agosto e é uma das mais aguardadas de 2019.

A ação do filme, realizada por João Maia, e produzida pela David & Golias de Fernando Vendrell, relembra todo o percurso biográfico do autor, tendo especial enfoque no período entre 1977 e 1981, altura em que António Variações deu os primeiros concertos em Lisboa, depois de ter regressado de Amesterdão, onde viveu durante alguns anos e aprendeu o ofício de barbeiro.

As rodagens começaram já no verão passado, tendo sido gravadas em dois dos locais com maior relevância do percurso do músico: a célebre discoteca gay de Lisboa, Trumps, palco dos primeiros espetáculos, e o concelho de Amares, em Braga, de onde era natural. Sérgio Praia é quem dá vida ao inesquecível Variações, num filme que conta, ainda, com outros nomes sonantes da cena nacional, como o de Victoria Guerra, Filipe Duarte, Filipe Albuquerque, Nuno Casanovas, Teresa Madruga, Madalena Brandão, entre muitos outros.

 “Este é um lugar icónico na vida de António. Foi aqui que ele se tornou Variações”, sublinhou Fernando Vendrell aquando da apresentação do filme à comunicação social, num dos lugares incontornáveis da vida do artista, o clube noturno Trumps.

Presente, na altura, na sessão de apresentação daquela que é a mais esperada das produções portuguesas para 2019 estiveram, também, alguns dos atores que integram o elenco. Entre eles Filipe Albuquerque, que veste a pele de Rudolfo, uma “figura reconhecida das noites de Lisboa dos anos 80”, assegurou João Maia, e Victoria Guerra, que será a enigmática Rosa Maria, elemento que fazia parte do círculo de amigos de António e que, em conjunto com o companheiro, abriu a casa Trumps. A inserção desta personagem, assim como a de muitas outras, levarão o espectador a conhecer o lado nunca antes visto de António Variações. “Quando li o guião pela primeira vez devo confessar que não conhecia a luta que teve para chegar onde chegou”, destacou Victoria Guerra, acrescentando que “este é um filme sobre o António e para o António. É quase como uma homenagem”. O mesmo entende o ator Filipe Albuquerque, que sublinhou estar “na altura de olhar para a nossa História que está recheada de grandes personalidades”.

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O trabalho de António Variações como barbeiro em Lisboa e a forma como, nos tempos livres, compunha canções – só com um gravador e, por vezes, acompanhado por uma caixa de ritmos – e tentou arranjar músicos para as tocar será, indiscutivelmente, um dos retratos marcantes desta produção, que mostra parte da vida pessoal e artística de “uma lenda”, de acordo com Victoria Guerra, que viria a influenciar toda uma geração do seu tempo e as que a ele se seguiram.

Sobre o músico

António Joaquim Rodrigues Ribeiro nasce em Fiscal, pequena aldeia do concelho de Amares, a 3 de dezembro de 1944. Aos 12 anos abandona a terra natal rumo à capital, onde acaba por trabalhar num escritório. Faz tropa em Angola e, assim que regressa, volta a partir, desta vez para Londres. Viaja, depois, para Amesterdão, e quando volta a Lisboa, dedica-se, durante o dia, ao ofício que aprendeu na capital da Holanda – barbeiro –, e de noite, à paixão pela música, descoberta desde tenra idade. Inicia no mundo do espetáculo acompanhado por um grupo de músicos, intitulado “Variações”, e começa, desde logo, a destacar-se pelo visual excêntrico e personalizado.

Em 1978 assina contrato com a editora Valentim de Carvalho, depois de lhe ter apresentado uma maqueta com algumas das suas músicas, no entanto, só após quatro anos lhe concedem autorização para gravar. No início dos anos 80 surge pela primeira vez em televisão, no programa “Passeio dos Alegres”, de Júlio Isidro. Em julho de 1982, já sob o nome de António Variações, gravou o seu primeiro single – “Povo Que Lavas No Rio” –, imortalizado por Amália Rodrigues. Pouco tempo depois lança “Anjo da Guarda”, o primeiro álbum, e que o transforma numa estrela popular à escala nacional.

O último disco, “Dar e Receber”, é gravado em fevereiro de 1984, sendo nesse ano que aparece pela última vez em público, precisamente pela mão de quem o havia mostrado ao mundo, Júlio Isidro. No programa televisivo “A Festa Continua” interpreta, pela única vez, algumas das faixas que compõem o novo álbum. Quando este é editado, já António Variações se encontra internado, acabando por falecer a 13 de junho de 1984 em consequência de uma broncopneumonia bilateral grave. Tinha 39 anos!

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